As pessoas vacinadas no Chile com duas doses da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, receberão uma “dose de reforço” ou terceira dose das vacinas AstraZeneca ou Pfizer/BioNTech para reforçar sua imunização, confirmou o presidente Sebastián Piñera nesta quinta-feira (5).
“Decidimos iniciar um reforço da vacinação de todas as pessoas que já receberam suas duas doses da vacina. Este processo de reforço começará na quarta-feira, 11 de agosto”, destacou o presidente durante o relatório diário sobre a evolução da pandemia.
As autoridades de saúde detalharam que o processo começará com os adultos maiores de 55 anos que se vacinaram com duas doses da CoronaVac, a mais usada no país. Eles receberão uma terceira injeção da vacina AstraZeneca.
Em seguida, serão incorporados ao calendário de reforço de vacinação os menores de 55 anos, que reforçarão sua imunização com doses da Pfizer/BioNTech.
O processo também contempla o reforço da vacinação dos profissionais da saúde que receberam a CoronaVac, assim como os portadores de comorbidade.
O Chile vacinou até o momento 12,2 milhões de pessoas, 80,3% da população adulta do país – que tem 19 milhões de habitantes. Atualmente, está vacinando também os menores de até 12 anos.
Até o momento, não fazem parte deste processo de terceiras doses os vacinados com a Pfizer/BioNTech, AstraZeneca ou CanSino, que também são usadas no país.
A terceira dose ou dose de reforço será implementada após a comprovação em um estudo de que a vacina do laboratório chinês Sinovac reduz sua eficácia com o passar dos meses. Em abril, foi informado que a capacidade de prevenir casos sintomáticos era de 67% e atualmente foi comprovado que diminuiu para 58,49%.
O Chile começou sua vacinação em massa em 3 de fevereiro, iniciando com os idosos, que agora serão de novo os primeiros a receber o reforço.
O país está entre os mais rápidos a vacinar sua população no mundo e o efeito da imunização em massa começa a se refletir na redução de casos e hospitalizações por covid-19.
Atualmente, o país registra uma média de 1.000 casos por dia e soma mais de 1,6 milhão de casos e supera as 35.000 mortes.
AFP
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