A jornalista Amanda Klein, 40, pediu para sair do programa da Jovem Pan 3 em 1. Segundo conta em suas próprias redes sociais, o motivo foi o que chamou de "ambiente tóxico" que ela encontrava na atração e os "ataques pessoais" sofridos por ela. Procurada, a rádio não se manifestou.
"Pedi pra sair do 3 em 1. Em ambiente tóxico e com ataques pessoais não se faz jornalismo. E eu sou jornalista. Continuo na JP no Jornal da Manhã e em outros programas. Conto com vocês", publicou Amanda.
No dia anterior à decisão, Amanda teve uma discussão ríspida no programa com Rodrigo Constantino, 45, ao vivo, no momento em que comentavam a respeito da provável indicação de André Mendonça ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Ambos se desentenderam quando o tema se voltou para o casamento gay. Amanda disse que Constantino tinha um posicionamento contrário ao matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e que depois queria negar a postura. E ele se exaltou ao negar a acusação.
O comentarista e escritor a chamou de mentirosa e desonesta e disse que ela passava vergonha na televisão. Quando ambos os lados começaram a levantar o tom de voz, a discussão foi interrompida (assista abaixo o vídeo).
Após o anúncio da saída feito pela própria jornalista, Constantino comemorou em sua conta no Twitter. "Já posso pedir música no Fantástico? É sempre a mesma coisa: desmascaro o esquerdista disfarçado de jornalista, que vem sem argumentos e só com narrativas fajutas e uma agenda, eles me atacam, depois bancam a vítima e pedem para sair. Virou rotina", disparou.
O escritor continuou a atacar Amanda em diversas postagens nas redes sociais. Em uma delas indagou os seus seguidores se "Amanda é muito burra ou muito canalha?"
Depois de confirmada a saída de Amanda, ele disse que a desistência do posto deverá ser benéfica ao jornal. "Tendência é o destino de alguém assim ser na TV Doria, sem audiência, enquanto a audiência do programa 3 em 1 deve aumentar", emendou. Amanda também é apresentadora do Opinião no Ar (RedeTV!).
Amanda tinha entrado no 3 em 1 em março após se destacar na atração da TV aberta e ser nela um contraponto às opiniões mais à direita de Luís Ernesto Lacombe, 54. Já Constantino voltou à rádio Jovem Pan em janeiro, dois meses após sua demissão.
Em novembro de 2020, a emissora anunciava o desligamento de Constantino após uma transmissão ao vivo no canal dele no YouTube na qual comentava o caso da jovem Mariana Ferrer. A moça foi vítima de estupro em uma casa noturna de Jurerê Internacional (SC).
Durante a live, Constantino afirmou que, caso a própria filha sofresse um abuso em condições semelhantes às descritas pela influenciadora digital, ele não denunciaria o homem e a deixaria de castigo. "Eu vou dar esporro na minha filha, que alguma coisa ali ela errou feio", afirmou. "E eu devo ter errado pra ela agir assim."
Constantino também foi demitido da Record na ocasião. A emissora disse, em nota, que o desligamento aconteceu devido ao posicionamento de Constantino sobre violência contra a mulher.
Folha
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