Subiu para 9 o número de mortos no desabamento do edifício Champlain Towers South, na região de Miami, na Flórida, informaram autoridades neste domingo (27). Mais 4 corpos de vítimas foram encontrados; ainda há mais de 150 pessoas desaparecidas. As buscas continuam.
A prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, disse que os 4 corpos e restos mortais foram recuperados quando as equipes de resgate começaram a cavar uma trincheira na pilha de destroços durante a noite, segundo o jornal americano "The New York Times".
Das 9 pessoas confirmadas como mortas, uma faleceu no hospital e oito foram retiradas do local do desabamento.
Até agora, quatro das vítimas do colapso foram identificadas: Antonio Lozano, 83, e Gladys Lozano, 79, do apartamento 903; Manuel LaFont, 54, do apartamento 801; e Stacie Fang, 54, do apartamento 1002.
Os corpos de Stacie Fang e de Antonio Lozano foram recuperados na quinta-feira; os de Gladys Lozano e Manuel LaFont, na sexta.
Segundo o jornal "The New York Times", poucas horas antes de Manuel LaFont ser confirmado como um dos mortos, no sábado (26), sua ex-mulher, Adriana LaFont, disse a repórteres ter esperança de que ele pudesse sair vivo dos escombros. Em uma postagem na rede social "Facebook", ela pediu orações para que Manuel fosse encontrado vivo.
Manuel, um empresário que trabalhava com empresas latino-americanas, deixou um filho de 10 e uma filha de 13 anos.
Estima-se que um terço dos desaparecidos sejam estrangeiros, principalmente de latino-americanos. Uma brasileira relatou à TV Globo que seu filho, também brasileiro, e o marido dela, de nacionalidade italiana, não foram mais encontrados. O Ministério das Relações Exteriores não confirmou dados de cidadãos do Brasil entre os desaparecidos.
Incêndio atrapalhou buscas
A busca por mais vítimas tornou-se mais difícil no sábado – depois que um incêndio prejudicou os esforços de resgate e as autoridades disseram não ter localizado nenhum sinal de vida em meio à pilha de destroços.
Ao meio-dia, uma fumaça subiu de uma varanda do segundo andar na parte do prédio que ainda estava de pé, enquanto a equipe de resgate acionava as mangueiras em direção aos escombros para limpar a poeira.
Também no sábado, autoridades disseram alimentar esperança de que algumas das pessoas desaparecidas ainda possam ser encontradas vivas.
Ajudados por cães, varredura infravermelha e equipamentos pesados, os socorristas mantêm esperança de que as bolsas de ar que possam ter se formado nos escombros possam estar mantendo possíveis sobreviventes.
"A coisa mais importante agora é a esperança", disse o chefe dos bombeiros Alan Cominsky, segundo a Reuters. "Isso é o que nos motiva. É uma situação extremamente difícil."
Relatório apontava dano estrutural
Um relatório datado de 2018 e recém-lançado mostrou que um engenheiro havia encontrado evidências de grandes danos estruturais sob o deck da piscina e "deterioração de concreto" no estacionamento subterrâneo do condomínio de 12 andares, três anos antes de desabar sem aviso na quinta-feira, enquanto a maioria dos residentes dormia.
O relatório do engenheiro de 2018, divulgado pelos funcionários da prefeitura, foi encomendado pela diretoria do condomínio em preparação para um grande projeto de restauração que deveria começar ainda este ano.
Não ficou imediatamente claro se os danos descritos no relatório estavam de alguma forma relacionados com o desabamento do edifício, por volta de 1h30, no horário local (2h30, no horário de Brasília).
Levine Cava disse que as autoridades não tinham conhecimento do relatório. A vice-prefeita Tina Paul chamou a questão estrutural descrita no documento de "muito alarmante" em um e-mail na manhã de sábado.
G1
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