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Bolsonaro reclama da CPI: "Fazer campanha em cima de mortos é inadmissível"



Jair Bolsonaro tentou se defender, agora há pouco, das acusações feitas nesta semana por parlamentares e ex-ministros da Saúde nas audiências da CPI da Covid. Disse que o governo fez “todo o possível” para agilizar a vacinação e que recomendou a hidroxicloroquina para “buscar alternativas”.

“A primeira vacina aplicada no mundo foi em dezembro. No Brasil foi em janeiro. Fizemos vários contratos no ano passado com o Pazuello. Algumas vacinas não foram adiantadas o contrato porque exigimos a passagem pela Anvisa”, afirmou.

“Fizemos todo o possível. Somos o país com 210 milhões de habitantes, não é fácil. Agora, somos o quarto ou quinto que mais vacina no mundo. Estamos fazendo a coisa certa. Nunca nos omitimos. Sempre falei, passou pela Anvisa, a gente compra”, disse.

Sobre a hidroxicloroquina, afirmou:

“Eu tomei hidroxicloroquina, no dia seguinte estava bom. David Uip tomou, espero que seja convocado pela CPI. O governador do Pará recomendou em vídeo. Muita gente defende isso. Agora, querer me responsabilizar por mortes? Morreu gente no mundo todo.”

Depois, atacou seus críticos na CPI:

“E aqueles que estão se arvorando agora como pais da ciência na CPI, pais da verdade – acredito na maioria deles, que farão a coisa certa – tinham que ter procurado lá atrás. Onde é que erramos? O que poderia ter feito de melhor? Agora ficar atrás de holofote na imprensa, para poder aparecer, fazendo campanha em cima de mortos, isso é inadmissível.”

As declarações ocorreram no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro recebeu pessoalmente Robson Nascimento de Oliveira, ex-motorista do jogador de futebol Fernando Lucas Martins, que atuava no Spartak, e que estava preso na Rússia.


O Antagonista
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