Tem coisas que só acontecem em Bayeux. O suplente de vereador Luciano Canuto, o Teté (PDT), usou a tribuna na sessão desta quinta-feira (8) para desferir críticas contra a gestão e contra a indicação do vereador Netinho (PDT) ao cargo de secretário municipal de Educação. O curioso é que Teté só revelou sua opinião, agora, após usufruir de quase quatro meses de mandato.
É comum no Brasil vereador ser convidado para ocupar a função de secretário. Isso acontece na maioria das vezes para dar oportunidade ao suplente de também assumir o mandato e representar seu eleitorado como prova de desapego ao poder do titular. Mas, ao que parece, para o suplente Teté o gesto do vereador Netinho não tem a menor importância.
No seu discurso repleto de incoerência e ingratidão ao vereador Netinho e a prefeita Luciene Gomes que deram a ele a oportunidade de realizar o sonho de ser vereador, Teté ignora o fato de que poderia, se realmente agisse com suas possíveis convicções, escolher por não assumir o mandato e dar a chance ao segundo suplente do PDT assumir a vaga após a licença de Netinho. O que não aconteceu.
“Sou contra político assumir a função de secretário. Sou contra a indicação do vereador Netinho como secretário de Educação”, disparou. Em outras palavras, Teté dá a entender que Netinho pode voltar para Câmara que ele não quer mais exercer o mandato de vereador e que não tem interesse de fazer parte da bancada governista.
Teté esqueceu que no governo do Estado, o então vereador de João Pessoa Tibério Limeira, a quem o suplente homenageou em Bayeux, em 2020 foi convidado para ser secretário do estado pelo governador João Azevedo. Limeira aceitou, assumiu a secretaria e Teté não fez nenhuma crítica.
O suplente também fazia parte da “tropa de elite” do ex-governador Ricardo Coutinho, sendo um de seus aliados de primeira hora. Bastou o governador João Azevedo romper com RC que Teté não pensou duas vezes e preferiu ficar com Azevedo para não perder as indicações de emprego no governo estadual.
Para um colega de parlamento em confidência ao portal, o gesto de Teté foi encarado na Câmara como “oportunismo, ingratidão e incoerência”.
Confira o vídeo:
Bayeux em Foco
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