A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas, promoveu o curso Prevenção de Incapacidade em Hanseníase como Indutora de Condutas Terapêuticas, direcionado para enfermeiros e fisioterapeutas que atendem pessoas com hanseníase na Atenção Primária. A agenda foi uma parceria entre o estado, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Ministério da Saúde (MS) e ocorreu entre os dias 12 e 15 deste mês.
De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da SES, Anna Stella Pachá, a qualificação teve o intuito de fortalecer as ações de saúde voltadas para a prevenção de incapacidades físicas em Hanseníase. Ela explica que para a escolha dos municípios participantes foi utilizado como critério o indicador percentual de grau de incapacidade física avaliado menor que 75%.
“Toda pessoa identificada com hanseníase deve passar por uma avaliação neurológica simplificada, para que seja avaliado o grau de incapacidade física. Isso faz com que os profissionais possam direcionar as ações de prevenção. Por isso a necessidade de realizar essa qualificação. O curso visa sensibilizar o profissional para visualizar as consequências do agravo e introduzir condutas terapêuticas para a prevenção das incapacidades. Além da parte teórica, a qualificação também contou com a parte prática junto aos pacientes de hanseníase”, pontua.
Foram convidados profissionais dos municípios de Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Guarabira, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras e ainda um representante do Complexo Hospitalar Dr. Clementino Fraga. Anna Stella ressalta que foi utilizado o protocolo de prevenção para Covid-19 durante todo o curso (distanciamento social, álcool a 70%, máscaras, etc.) e exigido profissionais vacinados.
Ao final do curso, o grupo da UFRN e do MS fez a doação de Kits de Prevenção de Incapacidades Físicas (PI) para todos os serviços de saúde dos profissionais participantes, contendo instrumentos para subsidiar a avaliação neurológica simplificada e condutas terapêuticas.
O Projeto de Qualificação de Hanseníase para profissionais de saúde é coordenado pelo dr. Maurício Nobre, médicoassessor em hansenologia para o Ministério da Saúde e membro do Programa de Hanseníase da Organização Mundial da Saúde. Este projeto teve início na Paraíba em 2019, qualificando municípios com incidência elevada para a doença. Durante os primeiros momentos da pandemia, o projeto foi suspenso, retomando as atividades apenas agora em julho de 2021, após a diminuição dos casos de Covid-19 na Paraíba.
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